Fóssil tem 25 metros de comprimento e foi encontrado no interior de SP
Pesquisadores de várias instituições do país anunciaram, no dia 05 de Outubro, a descoberta do que dizem ser o maior dinossauro já encontrado no Brasil, com 25 metros de comprimento. O fóssil que levou à conclusão foi encontrado em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O animal viveu no país há 70 milhões de anos, segundo os pesquisadores.
A descoberta, anunciada no Museu de Ciências da Terra, na Urca, Zona Sul do Rio, revela novas informações sobre as espécies que habitaram o território brasileiro. O Austroposeidon magnificus, como foi chamado, teve vértebras do pescoço e da coluna vertebral encontradas no local onde uma estrada estava sendo aberta.
Com base nas características anatômicas, o animal pode ser classificado no grupo dos titanossauros, que eram dinossauros herbívoros com um corpo bem desenvolvido, pescoço e cauda longa e um crânio relativamente pequeno. Habitaram o mundo principalmente durante o período cretáceo, nas áreas onde atualmente são a América do Sul, a África, a Antártida e a Oceania.
A descoberta do fóssil aconteceu na década de 50, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, que faleceu em 1980 e não chegou a ver sua descoberta reconhecida. A demora no anúncio se deve ao tempo necessário para estudar o material.
Alex Kellner, paleontólogo do Museu Nacional (UFRJ), destaca que uma das principais causas da demora foi a falta de dinheiro e apoio à ciência no Brasil.
"Apenas quando tivemos que financiar uma pesquisa contínua é que pudemos fazer essa preparação. Também não é um material fácil de manusear. Por último, temos que lembrar que paleontologia não é só feita no Rio", explicou Kellner.
"A importância é mostrar que levando em consideração as descobertas da Argentina, em algum momento tivemos uma fauna em comum. Isso ajuda a definir quem foi para onde e como a área se desenvolveu até hoje", contou Kellner.
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