Penas nas patas traseiras chegavam a 5 cm e podiam auxiliar em voo
Segundo a pesquisa, afirma-se que 11 fósseis recém-descritos de pássaros primitivos, de gêneros como o "Sapeornis", apresentam evidências da presença de grandes penas nos membros traseiros, que integravam um sistema de quatro asas.
Cientistas chineses analisaram fósseis de aves primitivas com mais de 100 milhões de anos e identificaram que algumas delas possuíam quatro asas ao invés de duas, com penas nos membros traseiros, que provavelmente eram úteis para voar.
Outros dinossauros com aspecto de pássaros, como o Microraptor, já haviam sido identificados há anos por cientistas como seres com grandes penas nas patas traseiras. Estudos sugerem que eles usavam as patas para se deslocar no ar, seja planando entre as árvores, aterrizando ou em voos curtos.
A descoberta de estruturas semelhantes em aves primitivas, no entanto, é nova, segundo os cientistas. As "asas traseiras" foram descobertas em fósseis que datam de 100 a 150 milhões de anos, que estavam guardados no Museu de História Natural Shandong Tianyu, na China.
"Ninguém pensa que estes animais agitavam as patas como faziam com as asas", afirmou Kevin Padian, da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, segundo a agência AFP.
Padian não participou da pesquisa, mas foi um dos especialistas que a revisaram antes de sua publicação. "Alguns afirmam que as penas das patas teriam incrementado a impulsão, mas não há evidências disso. Para elevar a impulsão, as penas deveriam ter se organizado para formar um perfil aerodinâmico competente e plano e ninguém demonstrou que seja o caso", disse.
"Por outro lado, é indiscutível que estas penas teriam criado arrasto", acrescentou Padian. Ele, no entanto, elogiou a pesquisa, qualificando-a de "grande estudo", por demonstrar como as penas das patas mudaram com o tempo, entre os dinossauros com aspecto de pássaro e os pássaros primitivos.
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