sexta-feira, 19 de abril de 2024

Dinossauro que viveu na Bahia é batizado de Tieta


Tietasaura derbyiana 

Durante a análise, foi identificada a espécie nova, a primeira no Brasil de um dinossauro do grupo dos ornitísquios, uma ordem de dinossauros herbívoros, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis que se assemelha à das aves.

O espécime foi batizado como Tietasaura derbyiana, em homenagem à "Tieta do Agreste", romance do escritor Jorge Amado, e ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e um dos pioneiros da paleontologia brasileira.

A equipe de paleontólogos, coordenada pelas pesquisadoras Kamila Bandeira e Valéria Gallo, ambas do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag) da Uerj, analisou fósseis coletados entre 1859 e 1906 na Bacia do Recôncavo, unidade geológica localizada no Nordeste do Brasil. Esses materiais eram considerados perdidos, mas foram encontrados recentemente no Museu de História Natural de Londres.

Os resultados foram publicados neste mês de abril no periódico científico Historical Biology, fornecendo novas perspectivas sobre a evolução e diversificação dos dinossauros, além de destacar a necessidade de preservar coleções históricas para o avanço da ciência.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Fóssil completo de réptil aquático 240 milhões de anos

Dinocephalosaurus orientalis


Apelidado de Dragão, cientistas revelaram os detalhes de um fóssil novo e extraordinariamente completo de um réptil aquático com 5 metros de comprimento do período Triássico.

Foi a primeira vez que cientistas conseguiram ver esse fóssil por inteiro, que originalmente foi identificado em 2003.


Ele tinha membros parecidos a nadadeiras e o pescoço é mais longo que o corpo e a cauda juntos. Disse Nick Fraser, paleontólogo do Museus Nacionais da Escócia, que fez parte da equipe internacional que estudou o fóssil.

O pesquisador especulou que um "pescoço longo e flexível", com 32 vértebras separadas, poderia ter proporcionado uma vantagem na caça e permitiu que o Dinocephalosaurus orientalis procurasse comida em fendas sob a água.

O fóssil foi descoberto em antigos depósitos de calcário no sul da China.



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Comparação entre Otodus Megalodon, Deinosuchus riograndensis e um ser humano


Megalodonte viveu há aproximadamente 23 a 3,6 milhões de anos, durante o Mioceno Inferior ao Plioceno

Deinosuchus é um gênero extinto de Crocodilianos relativos aos aligátores atuais que viveram entre 83 a 73 milhões de anos atrás durante o período Cretáceo na América do Norte

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Espécie de aranha de 310 milhões de anos é encontrada na Alemanha

Arthrolycosa wolterbeeki


Por tratar-se de um fóssil de aranha de uma nova espécie, Jason Dunlop batizou o aracnídeo de Arthrolycosa wolterbeeki, em homenagem ao pesquisador que a encontrou (Tim Wolterbeek). O espécime vem dos estratos carboníferos tardios (moscovianos) de Piesberg. Segundo o especialista, aranhas carboníferas em geral são bastante raras.

De aproximadamente 310 milhões de anos, especialistas descobriram recentemente, depois de alguns anos de pesquisa, que o fóssil de aranha encontrado nos arredores da cidade de Osnabrück, na Alemanha, é o registro mais antigo desse tipo de aracnídeo no país. O animal em questão é de uma espécie que ainda não havia sido estudada.



Publicado por Dunlop na PalZ (Paläontologische Zeitschrift – revista de paleontologia da Alemanha) em 16 de julho, o fóssil da Era Paleozoica pertence à ordem Araneae, sendo a primeira aranha paleozóica nomeada da Alemanha e, ao mesmo tempo, o registro formal mais antigo de Araneae para esse país.

“Característico do gênero, o novo fóssil revela um opistossoma dorsal tuberculado posteriormente, e pernas relativamente alongadas e cerdas, nas quais a primeira perna é mais longa que a segunda e a terceira. As fiandeiras também são preservadas, confirmando seu status como uma aranha genuína, em vez de fazer parte de uma linhagem extinta de aracnídeos semelhantes a aranhas”, afirma o cientista no texto.



Qual o animal mais pesado da história?

Perucetus colossus


Um cetáceo que viveu há cerca de 39 milhões de anos no mar no final do Eoceno, onde hoje fica o Peru. Com massa corporal estimada em cerca de 200 toneladas, ele pode ter sido o animal mais pesado de todos os tempos, superando até mesmo a baleia-azul.

Esqueleto de Perucetus colossus foi descoberto durante buscas no Vale Ica; de acordo com pesquisadores o animal provavelmente pesava de 2 a 3 vezes mais do que a baleia azul.


Com uma massa corporal estimada de 85 a 340 toneladas, o peso da agora extinta Perucetus colossus é equivalente ou superior ao da baleia azul, que foi indiscutivelmente considerada o animal com a maior massa corporal até agora, disse Giovanni Bianucci, principal autor do estudo publicado na revista Nature.

O esqueleto parcial de Perucetus, composto por 13 vértebras, quatro costelas e um osso do quadril, é estimado em 17 a 20 metros de comprimento. O espécime fóssil é menor do que o de uma baleia azul de 25 metros de comprimento – mas sua massa esquelética ainda potencialmente excedeu a de qualquer mamífero ou vertebrado marinho conhecido, incluindo seu parente gigante, de acordo com o estudo.



sexta-feira, 7 de abril de 2023

Fóssil de formiga gigante no Canadá

Titanomyrma giganteum pertencem à maior espécie de formiga que já viveu na Terra


Um fóssil de formiga gigante pré-histórica do gênero Titanomyrma foi encontrado na cidade de Princeton, British Columbia, no Canadá. É o primeiro sinal de vida da espécie encontrado no país. Estima-se que as formigas Titanomyrma, originadas no continente europeu, habitaram a terra há cerca de 50 milhões de anos. A descoberta do fóssil numa região tão fria quanto o Canadá levanta muitas questões para a ciência.


As formigas Titanomyrma giganteum pertencem à maior espécie de formiga que já viveu na Terra. As operárias tinham entre 1 e 3 centímetros de comprimento, enquanto as rainhas alcançavam até 5,5 cm de comprimento e 13 cm de envergadura.


Outro achado

O fóssil encontrado estava bem mais ao norte do que os cientistas esperavam encontrar. Em 2011, um fóssil de Titanomyrma foi encontrado no estado de Wyoming, nos EUA. Ali era o mais alto que a ciência esperava encontrar esses registros, já que quanto mais ao Norte mais frio seria para a vida dessa espécie.


Na época, pesquisadores levantaram a hipótese de que a terra poderia sofrer intervalos de aquecimento chamados de hipertermais e que, portanto, o mar ártico poderia ser aquecido durante um período de tempo, favorecendo a viagem dessas formigas entre os continentes.

domingo, 25 de setembro de 2022

Dinossauro mumificado é encontrado com pele conservada

 Descoberta foi no Canadá, e provavelmente é de um hadrossauro


O paleoecologista da Universidade de Reading, Brian Pickles, que liderava a busca, identificou as partes como pertencentes a um tipo de hadrossauro. Trata-se de uma espécie herbívora, que media aproximadamente 4 metros de comprimento e era comumente encontrada no final do período Cretáceo, entre 75 e 65 milhões de anos atrás.



Partes do dinossauro fossilizado foram encontradas na encosta do Parque Provincial dos Dinossauros, em Alberta, no Canadá. O que mais chamou a atenção dos pesquisadores nesta descoberta foi que o animal manteve sua pele, assim como as múmias.

Brian Pickles declarou que, pelo tamanho da cauda e do pé, o animal encontrado provavelmente é um jovem hadrossauro, quando adulta essa espécie é capaz de atingir 10 metros de comprimento. As próximas escavações vão ajudar a desvendar outras peculiaridades e fomentar novas pesquisas, principalmente sobre a aparência desse herbívoro.

A partir do que foi encontrado (cauda e o pé traseiro direito) e do estado de conservação dessas estruturas corporais, os cientistas estão confiantes de que o esqueleto completo está intacto naquele local. Acredita-se que a preservação a boa preservação de sua pele se deve ao fato de ter sido encoberta rapidamente após sua morte, que provavelmente ocorreu há 76 milhões de anos.


Órgãos internos de dinossauro podem estar preservados

Pickle está empolgado com as futuras escavações. Ele disse que “se tivermos muita sorte, alguns dos outros órgãos internos também podem estar preservado”. Descobrir isso ainda vai demorar algum tempo, pois esse tipo de empreitada deve ser feita de forma delicada e minuciosa para que a pedra, que abriga o fóssil, não seja destruída de forma a comprometer os remanescentes mortais também.

Por enquanto, a pedra será enviada para o Museu Real de Paleontologia do Tyrrell, onde os pesquisadores vão extrair o restante do fóssil. Há a esperança de que o crânio esteja intacto, com ele será possível identificar exatamente qual é a espécie de hadrossauro encontrada. Com o restante do corpo, os pesquisadores poderão estabelecer como ocorria o desenvolvimento desse bicho até chegar à fase adulta.


Fonte: Science Alert

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