terça-feira, 24 de junho de 2025

Fóssil da tartaruga gigante na Amazônia


O fóssil da tartaruga gigante que viveu na Amazônia é um dos achados paleontológicos mais impressionantes da América do Sul. Essa tartaruga pertence ao gênero Stupendemys, especificamente a espécie Stupendemys geographicus, considerada uma das maiores tartarugas já registradas na história do planeta.


Principais informações sobre a Stupendemys geographicus:

🐢 Tamanho impressionante

  • Essa tartaruga pré-histórica podia atingir até 3,5 metros de comprimento e pesar mais de 1.100 kg.

  • Seu casco era maior que o de um Fusca, e muito espesso, provavelmente como defesa contra predadores.

📍 Onde foi encontrada

  • Fósseis foram descobertos na região da Amazônia, especialmente em áreas que hoje pertencem à Venezuela, Colômbia e Brasil, incluindo a bacia do rio Acre.

  • Ela viveu há cerca de 5 a 10 milhões de anos, durante o período Mioceno.

🧠 Ecologia e comportamento

  • Era uma tartaruga de água doce, que habitava grandes sistemas fluviais da antiga bacia Amazônica.

  • Provavelmente se alimentava de frutas, plantas aquáticas e pequenos animais, como moluscos.

  • Machos apresentavam protuberâncias ósseas no casco, possivelmente usadas em disputas territoriais ou acasalamento.

🦴 Relações com outros animais

  • Vivia em um ecossistema compartilhado com jacarés gigantes (como o Purussaurus) e outras megafaunas.

  • Apesar de seu tamanho, podia ser alvo de grandes predadores, o que explica a evolução de seu casco robusto.

🧬 Importância científica

  • Os fósseis ajudam a entender a evolução das tartarugas, a geografia antiga da América do Sul e os ecossistemas do Mioceno.

  • Sua descoberta mostrou que a biodiversidade da Amazônia é antiga e foi moldada por mudanças geológicas e climáticas ao longo de milhões de anos.


🇧🇷 No Acre
No Acre, pesquisadores encontraram o fóssil de uma Stupendemys geographicus, tartaruga gigante, às margens do Rio Acre em Assis Brasil, interior do Acre. Fóssil deve ser levado para o laboratório da Ufac, em Rio Branco.

A região onde o fóssil foi encontrado é conhecida como Boca dos Patos, na cidade de Assis Brasil, que fica na Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre, na divisa do estado acreano com o Peru.

Com o nível do rio abaixo dos três metros nesta época, o percurso da área urbana até o local dura em média 5h, feito por barco e de carro. O fóssil já foi retirado da área de escavação e levado para um acampamento montado na região.

Pesquisa
A pesquisa é feita dentro do projeto "Novas fronteiras no registro fossilífero da Amazônia Sul-ocidental" financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).



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