Os fósseis encontrados possuem ovos inteiros e alguns quebrados, medindo aproximadamente 7 centímetros de altura e 4 centímetros de diâmetro, com casca medindo 0,27 mm de espessura.
O ovo descoberto representa, de certa maneira, o elo perdido entre dinossauros e aves, pois tem como forma, a ponta mais larga contém um saco de ar que permite a respiração. Este passo evolutivo ainda era relativamente subdesenvolvido em dinossauros. Os ovos de dinossauros não-aviários são simétricos e alongados. Assimetria em ovos de aves está associada à fisiologia: recebem essa forma dada a existência de apenas um oviduto que pode formar somente um ovo de cada vez. Neste caso, o istmo – região no oviduto que cria a membrana da casca do ovo – é o que permite a forma assimétrica. O ovo descoberto na área Montsec de Lérida, perto da Catalonia no leste da Espanha, possui características de ambos os grupos de animais.
Este ovo de dinossauro datando de 70 a 83 milhões de anos tem forma oval característica, similar com ovos de galinha com um tipo de bolsão de ar interno, que os pássaros atuais usam para respirar nos últimos estágios do desenvolvimento.
Recebeu nome científico como sendo da espécie Sankofa pyrenaica e é o primeiro ovo do mundo encontrado com uma forma oval.
Nieves López Martínez, paleontólogo da Universidade Complutense de Madrid, estava trabalhando na pesquisa e interpretação dos dados, mas faleceu em Dezembro de 2010. Vincens Enric, paleontólogo da Universidade Autônoma de Barcelona e parceiro de Martínez, realizou uma análise exaustiva após a descoberta do ovo, publicando as conclusões na revista Palaeontology.
Matéria do Jornal Ciência
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