O fóssil é de um tipo de peixe pré-histórico nativo da Europa, que nunca tinha sido encontrado na América do Sul.
Já extinto, a espécie recebeu o nome científico de Nanaichthys longipinnus, viveu há cerca de 120 milhões de anos, quando os dinossauros dominavam a Terra e a geografia do planeta era completamente diferente. A Pangeia, continente único que existiu até 200 milhões de anos atrás, já tinha se dividido em norte e sul, e a América e a África estavam em processo de separação.
Nesse tempo, onde hoje fica o sertão da Bahia, havia um lago salgado, uma faixa de mar que entrava para o continente. Foi no município de Tucano, a 270 km de Salvador, que o fóssil desse peixe foi encontrado.
Na imagem de Cesar Amaral (A)Fóssil bruto; (B)Molde de látex; (C)Desenho com detalhes anatômicos.
A espécie inédita foi descrita em um estudo publicado em maio pela revista científica “PLoS One”. O fóssil já havia sido coletado na década de 1960 e mencionado em trabalhos mais antigo, mas ninguém tinha descrito a nova espécie em uma revista científica ainda – a publicação de um trabalho como esse é necessária para que a existência de uma espécie seja aceita.
O nome Nanaichthys longipinnus é uma homenagem à orixá Nàná Burukù e ao candomblé, como uma referência à religiosidade baiana – “ichthys” significa peixe em grego. A segunda parte do nome, “longipinnus”, é uma referência a uma característica anatômica do animal, que possui a cauda mais longa que seus parentes.
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