quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Spicomellus afer: o Anquilossauro Mais Bizarro (e Antigo) Já Descoberto!


Spicomellus afer — um dinossauro com uma armadura realmente única: espinhos ósseos fundidos diretamente aos ossos, formando um “colar de espinhos” que ultrapassa um metro de comprimento.

1. Uma Descoberta Inusitada

Tudo começou com um fragmento de costela adquirido em 2019 por Susannah Maidment, pesquisadora do Natural History Museum em Londres. Esse osso possuía espinhos fundidos à superfície — algo que nunca havia sido visto em nenhum vertebrado.


2. Espinhos Que Desafiam a Imaginação

Expedições em 2023 no Marrocos revelaram ainda mais — um esqueleto parcial com espinhos espalhados por todo o corpo: costelas, quadris, ombros, um “colar” ao redor do pescoço e até uma possível clava na cauda . Alguns desses espinhos chegavam a 87 cm, e provavelmente ficavam ainda maiores quando o animal estava vivo.


3. O Anquilossauro Mais Antigo da História

Com aproximadamente 165 milhões de anos, do Jurássico Médio, Spicomellus afer é o anquilossauro mais antigo já identificado, e o primeiro encontrado na África.

4. Significado Evolutivo e Comportamental

Esses espinhos extravagantes podem não ter sido apenas defesa — muitos especialistas acreditam que serviam para atrair parceiros ou intimidar rivais, numa estratégia semelhante à das caudas dos pavões. As evidências também sugerem que a clava na cauda apareceu 30 milhões de anos antes do que se pensava anteriormente.


5. O Que Isso Muda na Ciência dos Dinossauros

Spicomellus quebra todas as expectativas: ele mostra que o refinamento da armadura nos anquilossauros pode ter começado não como proteção pura, mas como exibição. Além disso, revela que essas criaturas já haviam se espalhado por Gondwana bem antes do previsto. A descoberta reforça o valor dos fósseis africanos na compreensão da evolução e diversidade dos dinossauros.


Destaques em Emoji

TemaDestaques Divertidos
Origem do nomeSpicomellus = **“colar de espinhos”; afer = “afetivo” (África)◈
DataVivido há cerca de 165 milhões de anos (Jurássico Médio) ⏳
Armadura incrívelEspinhos de até 87 cm, fundidos aos ossos — únicos no mundo!
Função provávelDefesa e exibição — puro estilo “punk” pré-histórico 🤘
Evolução dos anquilossaurosClava pré-histórica, 30 milhões de anos antes do esperado!

Fontes Consultadas

  • Natural History Museum (NHM) – detalhes sobre os espinhos e a descoberta

  • ScienceDaily – evolução precoce da armadura e clava na cauda

  • Olhar Digital – novas evidências fósseis e contextos evolutivos

  • Wikipédia (pt) – classificação, idade, formação geológica

  • Wikipedia (en) – descrição completa do material e sequência de descobertas

  • Sci.News – importância do registro fóssil e contexto africano

  • LiveScience – tamanho do corpo, spikes de 87 cm, função sexual

  • Guardian e Reuters – detalhes sobre comprimento, peso e impacto evolutivo

  • ScienceAlert – variedade de estruturas ósseas e uso provável 

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Guidraco venator: o Pterossauro "Caçador Dragão Fantasma"


O Guidraco venator é um dos pterossauros mais impressionantes descobertos na China. Pertencente ao grupo Anhangueridae, viveu há cerca de 120 milhões de anos, durante o Cretáceo Inferior, e é famoso por seu crânio alongado, repleto de dentes afiados, perfeito para capturar peixes. Seu nome combina palavras do chinês (gui — fantasma malicioso) e do latim (draco — dragão, venator — caçador), resultando em algo como “Caçador Dragão Fantasma”.



Descoberta na Formação Jiufotang

O Guidraco venator foi descrito a partir de um holótipo quase completo, encontrado na Formação Jiufotang, província de Liaoning, nordeste da China. Essa formação é um verdadeiro tesouro paleontológico, famosa por preservar aves primitivas, dinossauros com penas e outros pterossauros.
O fóssil do Guidraco inclui um crânio de 38 cm, mandíbulas inferiores e vértebras cervicais, preservados em detalhes notáveis.



Anatomia e características marcantes

  • Crânio alongado com grande crista óssea acima das órbitas, possivelmente usada para exibição ou estabilização em voo.

  • Dentição impressionante, com cerca de 82 dentes intertravados, perfeitos para prender presas escorregadias.

  • Vértebras cervicais longas e ocas, adaptadas para reduzir peso e facilitar o voo.

  • Envergadura estimada de 4 a 4,5 metros, tornando-o um predador aéreo de porte considerável.



Alimentação e estilo de vida

O Guidraco venator era piscívoro, capturando peixes em rios e lagos. Os dentes longos e inclinados funcionavam como uma “gaiola viva” para segurar as presas. Evidências fósseis indicam que se alimentava ativamente, possivelmente mergulhando para capturar suas presas, ao invés de apenas sobrevoar a água.
Seu formato corporal sugere que poderia alternar entre o voo planado e movimentos rápidos para caçar.


Relação com pterossauros brasileiros

Curiosamente, análises filogenéticas mostram que o Guidraco venator é parente próximo do Ludodactylus sibbicki, um pterossauro encontrado no Brasil. Essa conexão sugere que, no início do Cretáceo, havia rotas de dispersão entre a Ásia e a América do Sul, permitindo que grupos como os Anhangueridae se espalhassem por diferentes continentes.


Resumo rápido

CaracterísticaDetalhe
ÉpocaCretáceo Inferior (~120 Ma)
Local da descobertaFormação Jiufotang, Liaoning, China
Tamanho do crânio~38 cm
Envergadura estimada4 a 4,5 metros
Dieta provávelPiscívoro — captura ativa de peixes
GrupoAnhangueridae
Parente próximoLudodactylus sibbicki (Brasil)

"Guidraco venator. A new illustration I’ve just finished. "


Por que o Guidraco venator é tão importante?

O Guidraco venator não é apenas mais um pterossauro — ele é uma peça-chave para entendermos a evolução dos pterodactiloides e a dispersão dos Anhangueridae pelo mundo. Sua combinação de crista, dentes afiados e registro fóssil bem preservado oferece pistas valiosas sobre a ecologia e o comportamento desses répteis voadores.


Fontes

  • Wikipédia — Guidraco: descoberta, anatomia, classificação

  • Naturwissenschaften (via Phys.org) — detalhes sobre crânio, fenestra, filogenia

  • Sci-News.com — anatomia e relações com Ludodactylus

  • AsianScientist / China Daily — etimologia, dieta baseada em coprólitos

  • Pteros.com — morfologia, ambiente, hipótese de natação e alimentação

  • WIRED / SciTechDaily — envergadura estimada, crista para estabilização, contexto global

  • Sciency Thoughts — descrição detalhada, crista e dentes

  • Wikipédia (italiano) — descrição anatômica detalhada, dentição

  • DinoAnimals.com — dados de envergadura, local e referência de estudo

sábado, 9 de agosto de 2025

Fóssil de réptil voador com conteúdo estomacal preservado

Descubra a surpreendente “última ceia” de um pterossauro herbívoro! 

Reconstrução em vida do pterossauro herbívoro Sinopterus atavismus, que viveu há cerca de 120 milhões de anos (durante o período Cretáceo) na China. Crédito: Maurilio Oliveira


Na coluna Caçadores de Fósseis da revista Ciência Hoje, o paleontólogo Alexander W. A. Kellner revela uma raríssima descoberta: o conteúdo estomacal preservado de um réptil alado herbívoro que viveu há cerca de 120 milhões de anos.

Um verdadeiro banquete do passado, congelado no tempo, que nos oferece pistas valiosas sobre o comportamento alimentar desses fascinantes animais pré-históricos.

Se você é apaixonado por paleontologia, ciência e mistérios da natureza, essa leitura é obrigatória!
📖 Leia o artigo completo aqui: A última ceia de um pterossauro herbívoro

domingo, 3 de agosto de 2025

Doença óssea mortal dizimou dinossauros pescoçudos

 


A descoberta de um conjunto de ossos de saurópodes (os famosos "dinossauros pescoçudos") em Ibirá (SP) revelou evidências de uma doença óssea grave e fatal que acometeu esses animais há cerca de 80 milhões de anos, no período Cretáceo


🔬 O que aconteceu com esses dinossauros?

  • Foram analisados fósseis de seis indivíduos encontrados no sítio paleontológico Vaca Morta, coletados entre 2006 e 2023. Todos apresentaram sinais característicos de osteomielite, uma infecção óssea (causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários)

  • Os ossos mostravam textura esponjosa, lesões que iam da medula até a superfície óssea, algumas perfuradas, com protrusões circulares ou elípticas — e sem nenhum sinal de cicatrização. Isso indica que os animais morreram em plena fase ativa da infecção

  • Lesões atrofiaram a estrutura óssea e, possivelmente, criaram fístulas que expeliam pus ou sangue, causando sofrimento e morte rápida


🌱 Por que isso ocorreu em Ibirá?

  • O ambiente paleoambiental era árido, com rios rasos e extensas poças de água parada. Essas condições eram propícias para a proliferação de patógenos, possivelmente transmitidos por mosquitos ou pela água contaminada que os animais consumiam

  • A ocorrência simultânea da doença em vários indivíduos do mesmo local e período sugere condições ambientais locais favoráveis à infecção generalizada entre aqueles dinossauros



🦠 Parasitas fossilizados dentro do osso?

  • Além da osteomielite, pesquisas anteriores em fósseis de um saurópode menor da região identificaram parasitas sanguíneos fossilizados dentro dos canais vasculares do osso, também associados à doença

  • Este foi o primeiro registro mundial de parasitas preservados em ossos de dinossauro, sugerindo que aqueles patógenos possam ter sido agentes contribuidores (ou facilitadores) da osteomielite

  • Os parasitas lembravam protozoários semelhantes aos que causam leishmaniose em humanos, e o dinossauro afetado apresentava feridas abertas por todo o corpo, como uma espécie de “dinossauro zumbi”



🧠 Por que é importante?

  • São poucos os relatos de doenças infecciosas em saurópodes, e este trabalho foi publicado na revista The Anatomical Record com forte apoio da FAPESP e CNPq

  • O estudo traz novas formas de se identificar osteomielite em fósseis, distinguindo-a de tumores ou traumas ósseos, e estabelece um padrão de diagnóstico útil para futuros achados paleontológicos ou arqueológicos

  • Revela também como alterações ambientais podem impactar a saúde de espécies — um alerta relevante até mesmo para a compreensão de doenças modernas.


📋 Resumo em tabela

TemaDetalhes
Tipo de doençaOsteomielite (infecção óssea aguda/severa)
Número de indivíduos6 saurópodes afetados no sítio Vaca Morta
Idade geológica~80 milhões de anos (Cretáceo)
Características das lesõesAusência de cicatrização; textura esponjosa; fístulas visíveis
Ambiente provávelPoças de água parada, clima árido, alta presença de vetores e parasitas
Achado adicionalParasitas fossilizados dentro de ossos de saurópode
Relevância científicaNovo padrão diagnóstico; contexto paleoepidemiológico; implicações médicas

📚 Fontes:

  1. Veja (Abril)

  2. Agência Página Um

  3. Diário da Região (São José do Rio Preto)

  4. Artigo científico na revista The Anatomical Record

    • Título: Several occurrences of osteomyelitis in dinosaurs from the Upper Cretaceous of Southeast Brazil
      (Disponível via periódicos científicos com acesso institucional)

terça-feira, 24 de junho de 2025

Fóssil da tartaruga gigante na Amazônia


O fóssil da tartaruga gigante que viveu na Amazônia é um dos achados paleontológicos mais impressionantes da América do Sul. Essa tartaruga pertence ao gênero Stupendemys, especificamente a espécie Stupendemys geographicus, considerada uma das maiores tartarugas já registradas na história do planeta.


Principais informações sobre a Stupendemys geographicus:

🐢 Tamanho impressionante

  • Essa tartaruga pré-histórica podia atingir até 3,5 metros de comprimento e pesar mais de 1.100 kg.

  • Seu casco era maior que o de um Fusca, e muito espesso, provavelmente como defesa contra predadores.

📍 Onde foi encontrada

  • Fósseis foram descobertos na região da Amazônia, especialmente em áreas que hoje pertencem à Venezuela, Colômbia e Brasil, incluindo a bacia do rio Acre.

  • Ela viveu há cerca de 5 a 10 milhões de anos, durante o período Mioceno.

🧠 Ecologia e comportamento

  • Era uma tartaruga de água doce, que habitava grandes sistemas fluviais da antiga bacia Amazônica.

  • Provavelmente se alimentava de frutas, plantas aquáticas e pequenos animais, como moluscos.

  • Machos apresentavam protuberâncias ósseas no casco, possivelmente usadas em disputas territoriais ou acasalamento.

🦴 Relações com outros animais

  • Vivia em um ecossistema compartilhado com jacarés gigantes (como o Purussaurus) e outras megafaunas.

  • Apesar de seu tamanho, podia ser alvo de grandes predadores, o que explica a evolução de seu casco robusto.

🧬 Importância científica

  • Os fósseis ajudam a entender a evolução das tartarugas, a geografia antiga da América do Sul e os ecossistemas do Mioceno.

  • Sua descoberta mostrou que a biodiversidade da Amazônia é antiga e foi moldada por mudanças geológicas e climáticas ao longo de milhões de anos.


🇧🇷 No Acre
No Acre, pesquisadores encontraram o fóssil de uma Stupendemys geographicus, tartaruga gigante, às margens do Rio Acre em Assis Brasil, interior do Acre. Fóssil deve ser levado para o laboratório da Ufac, em Rio Branco.

A região onde o fóssil foi encontrado é conhecida como Boca dos Patos, na cidade de Assis Brasil, que fica na Terra Indígena Cabeceira do Rio Acre, na divisa do estado acreano com o Peru.

Com o nível do rio abaixo dos três metros nesta época, o percurso da área urbana até o local dura em média 5h, feito por barco e de carro. O fóssil já foi retirado da área de escavação e levado para um acampamento montado na região.

Pesquisa
A pesquisa é feita dentro do projeto "Novas fronteiras no registro fossilífero da Amazônia Sul-ocidental" financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).



sábado, 10 de maio de 2025

Descobertas recentes na paleontologia

 


Recentemente, diversas descobertas significativas sobre dinossauros foram feitas ao redor do mundo. Aqui estão algumas das mais notáveis: UFSM


🦖 Novas Espécies Descobertas

  1. Duonychus tsogtbaatari (Mongólia)
    Apelidado de "Edward Mãos de Tesoura", este dinossauro possuía garras de quase 30 centímetros em dois dedos. Com cerca de 3 metros de comprimento e pesando aproximadamente 270 kg, viveu há cerca de 90 milhões de anos e lembra uma mistura de bicho-preguiça e girafa.

  2. Cienciargentina sanchezi (Argentina)
    Uma nova espécie de saurópode da família Rebbachisauridae foi identificada na província de Neuquén. Este gigante herbívoro viveu há cerca de 94 milhões de anos, durante o Cretáceo Superior.

  3. Nova espécie de iguanodontiano (Portugal)
    Pesquisadores da Universidade NOVA de Lisboa descobriram uma nova espécie de dinossauro herbívoro que habitou Portugal há quase 150 milhões de anos, ampliando o conhecimento sobre a diversidade dos dinossauros europeus do Jurássico.


🦴 Descobertas Notáveis de Fósseis

  • Fóssil completo em Uberaba (Brasil)
    Durante obras na BR-050, em Uberaba, foi encontrado um fóssil completo de dinossauro com cerca de 60 centímetros de comprimento. Acredita-se que pertença a um titanossauro. O fóssil será analisado no Museu de Peirópolis. Estado de Minas

  • Crânio de Saturnalia tupiniquim (Brasil)
    Após 25 anos da descoberta inicial, pesquisadores encontraram um crânio quase completo do Saturnalia tupiniquim, um dos primeiros dinossauros brasileiros. A análise revelou características carnívoras, apesar de pertencer a uma linhagem predominantemente herbívora. UFSM


🌍 Outras Descobertas Relevantes

  • Ahvaytum (Hemisfério Norte)
    Identificado como o dinossauro mais antigo conhecido do Hemisfério Norte, o Ahvaytum representa uma descoberta significativa para a compreensão da evolução dos dinossauros na região.

  • Pegadas na "rodovia dos dinossauros" (Reino Unido)
    Pesquisadores das Universidades de Oxford e Birmingham descobriram centenas de pegadas de dinossauros em uma pedreira, datadas de aproximadamente 166 milhões de anos atrás. As pegadas incluem as de um predador de 9 metros, o Megalossauro, e de herbívoros ainda maiores.

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Fóssil de Formiga no Ceará


Vulcanidris cratensis

Pesquisadores brasileiros descobriram no Nordeste do Brasil o fóssil de formiga mais antigo já registrado pela ciência. A espécie, batizada de Vulcanidris cratensis, viveu há aproximadamente 113 milhões de anos, durante o período Cretáceo, e foi encontrada na Formação Crato, localizada na Chapada do Araripe, no Ceará.

Características da Vulcanidris cratensis

Essa formiga pertence à subfamília extinta Haidomyrmecinae, popularmente conhecida como "formigas-do-inferno", devido às suas mandíbulas curvas em forma de foice, que se moviam verticalmente, ao contrário das formigas modernas. Essas mandíbulas, acopladas a projeções faciais, provavelmente auxiliavam na captura de presas, indicando um comportamento predatório especializado.

O exemplar fóssil é uma fêmea alada, medindo cerca de 13,5 milímetros de comprimento, com antenas longas, asas com veias específicas e um corpo mais robusto que o de outras formigas fósseis. Além disso, possuía um ferrão bem desenvolvido, semelhante ao de uma vespa.


Importância do Achado

Este fóssil antecipa em mais de 13 milhões de anos o registro fóssil anterior mais antigo da família Formicidae, que até então era restrito a exemplares preservados em âmbar da França e de Mianmar. A descoberta sugere que as formigas já estavam amplamente distribuídas durante o Cretáceo Inferior, ampliando significativamente a linha do tempo da evolução desses insetos.​

O fóssil foi encontrado em calcário, uma ocorrência rara, pois a maioria dos fósseis de formigas é preservada em âmbar. Isso permitiu uma análise detalhada da morfologia do inseto por meio de tomografia computadorizada, revelando características anatômicas altamente especializadas desde etapas evolutivas iniciais.

Contexto da Descoberta

O fóssil fazia parte de uma coleção particular antes de ser doado ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). A descoberta foi feita por Anderson Lepeco, entomologista do museu, enquanto examinava a coleção. Segundo Lepeco, a Vulcanidris cratensis provavelmente seria confundida com uma vespa por um olho não treinado, devido às suas características morfológicas.​

Este achado destaca a importância do exame minucioso de coleções existentes e traz à tona a relevância da paleontologia brasileira e da fauna de insetos fósseis pouco explorada do país.

A descoberta foi publicada na revista científica Current Biology em abril de 2025. Fósseis de mais de 600 espécies de insetos já foram encontradas na Bacia do Araripe


IMAGENS DA POSTAGEM: Anderson Lepeco

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