Itens da parte de botânica e alguns documentos foram salvos, o restante foi completamente destruído
O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do país e tinha um acervo de mais de 20 milhões de itens. Entre eles, estava o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo das Américas e tesouro arqueológico nacional, e o maior meteorito já achado no país.
Com 200 anos completos em junho de 2018, o museu foi residência da família real e sede da 1ª Assembleia Constituinte do Brasil. A instituição vinha sofrendo com falta de recursos e tinha sinais de má conservação, como fios elétricos aparentes e paredes descascadas. Uma infestação de cupins destruiu a base onde estava instalada a reconstrução do fóssil de um dinossauro de 13 metros que foi descoberto em Minas Gerais e viveu há 80 milhões de anos.
Há três anos, o museu funcionava com orçamento reduzido. A instituição deveria ter um repasse anual de R$ 550 mil da UFRJ, que passa por uma crise financeira. Mas só recebia cerca de 60% desse valor desde 2015. Naquele ano, os serviços chegaram a ser interrompidos porque não havia como pagar funcionários.
Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição responsável pelo museu, criticou o trabalho dos bombeiros. "Nós percebemos claramente que faltou uma logística e uma capacidade de infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador como foi esse incêndio."
As causas do fogo serão investigadas. A Polícia Civil abriu inquérito e repassará o caso para a Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso ou não.
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