Animal teria vivido na Terra há 130 milhões de anos, junto com dinossauros.
Crânio com um metro de comprimento foi encontrado no Reino Unido.
Um brasileiro é um dos responsáveis pela descoberta e descrição de uma nova espécie de crocodilo que teria vivido na Terra há 130 milhões de anos, juntamente com os dinossauros.
A pesquisa se baseou em um crânio fossilizado, com um metro de comprimento, encontrado ao acaso em 2007, nos arredores dos pântanos de Swanage, uma vila litorânea de Dorset, no Sul da Inglaterra.
A espécie batizada de Goniopholis kiplingi foi examinada durante cinco anos por cientistas da Universidade de Bristol, que compararam o fóssil com amostras de outras espécies.
De acordo com Marco Brandalise de Andrade, pós-doutor pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) -- e um líder da descoberta, feita em parceria com outros cientistas britânicos -- a nova espécie tem parentesco com outros crocodilianos.
“Foi uma experiência fantástica, porque este é provavelmente o exemplar de Goniopholis com melhor preservação já encontrado e eu o tive à disposição por um longo tempo. Foi então que pude verificar o parentesco estreito com outros Goniopholis europeus, mas também suas diferenças, como ossos lacrimais muito mais alongados", disse Andrade. Embora outros restos do Goniopholis já tenham sido encontrados na Inglaterra há mais de um século, os ossos do crânio descoberto são mais alongados, além de apresentarem outras diferenças sutis em sua mandíbula superior.
Tecnologias avançadas de scanner e reconstrução por computador foram utilizadas na análise do fóssil para elaborar um modelo em 3D. A descoberta deve ajudar os pesquisadores a calcular o número de espécies, já que esta espécie teria vivido apenas na Inglaterra.
Na foto, o pesquisador brasileiro Marco de Andrade à esquerda, junto com Ray Barnet e Remmert Schoutenm co-autores do estudo científico, no dia em que foram realizar a tomografia do crânio do crocodilo pré-histórico.
Fonte G1 da Globo
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